sábado, setembro 19, 2009

Ganhei o Euromilhões...e agora?

Na sexta passada houve mais um jackpot do Euromilhões. 100 milhões de euros. E claro, como é assunto para encher mais uns minutos de noticiários de qualidade duvidosa, voltou a repetir-se o que é habitual nestas alturas. A equipa de reportagem vai até à rua às casas de apostas entrevistar as pessoas e fazer-lhes a pergunta da praxe : O que faria se ganhasse o Euromilhões?

As respostas são, igualmente, as mesmas de sempre. Comprava um carro novo, comprava uma casa nova, ia de férias 1 mês para as Caraíbas, acabava de pagar a  minha casa, pagava uma casa aos meus filhos, deixava de trabalhar, etc... Mas como é isto possível?!? Ganha 100 MILHÕES de Euros e comprava um carro novo que custa (vá, suponhamos que era um Graaaande carro) 100.000 Euros?!? E o resto do dinheiro? Fazia o quê?!? Não tem mais objectivos na vida? Trabalha a vida toda para comprar um carro?!?

Eu, se ganhasse tal dinheiro, tinha projectos para o investir todo ou quase todo num ápice, e sem gastar em luxos ou mordomias ou ainda em algo que não gastasse agora. Os meus projectos passam pela criação de um Parque Aventura e Biológico, um Zoo, um complexo de Turismo Rural com a componente de aventura e lazer. Criação de postos de trabalho directos, neste projecto, e noutro: recuperação e imóveis históricos e antigos. Criação ou apoio directo de instituição de solidadriedade social e jovens. Tudo isto na minha terra, claro. Já fiz as contas e conseguia gastar o dinheiro todo sem chegar a ir de férias, por exemplo.

Tiro daqui uma conclusão. Os entrevistados ou são (lamentavelmente) egoístas e só olham para os seus interesses e nem pensam sequer em ajudar o próximo (quanto mais muitos ´"próximos") ou são (também lamentavelmente) curtos de vista e nem tem cabeça para ter idéias inovadoras, ou quanto muito ter ideias sequer. Uma pena.
Outra coisa curiosa é que a maioria dos entrevistados (e dos que jogam nestes jogos) são idosos ou estão a caminho disso, o que revela as mentalidades que foram a população activa nos anos 60, 70 e 80. Percebo agora de onde vem parte do atraso que o nosso país ainda vive. Digo ainda pois espero que as coisas melhorem substancialmente.

segunda-feira, setembro 14, 2009

Todos Diferentes Todos Iguais

Entrámos em plena campanha eleitoral para as legislativas.


O slogan acima não foi escolhido por acaso. Retrata os prncipais candidatos a um lugar no Parlamento Português. Lembram-se certamente de quando à uns anos atrás o tema do Racismo foi fortemente debatido e estava em voga. Felizmente hoje não se houve falar em Racismo, pois parece que está mais ou menos erradicado...no entanto, agora não vem ao caso este tema, nem se trata de minorias étnicas, mas sim de maiorias políticas. Se lermos à letra, soa muito melhor. São ou não são Todos Diferentes? Diferentes políticas, diferentes ideias, diferentes programas, diferentes ideologias. São ou não são Todos Iguais? Iguais nos objectivos pessoais, iguais nas asneiras, iguais nas palavras....enfim, palavras para quê?
É por isso que tal como nas ultimas eleições (europeias) nenhum dos partidos com assento parlamentar levou o meu voto. É por isso que mais uma vez o meu voto irá para um partido da minoria, ainda não sei bem qual pois ainda estou a analisar as suas propostas, mas certamente será um deles. Até porque não sou o unico que penso assim, e o partido (será que podemos chamar Partido ou chamamos outra coisa como Movimento ou Frente?) no qual votei nas Europeias teve mais de 56 000 votos, o que quer dizer que os votantes só nesse partido davam para quase encher o Estadio da Luz, e quem conhece o Estádio da Luz quase cheio sabe o que quero dizer! É ou não é muita gente que já está farta deste "modelo" político que temos por cá?

domingo, setembro 13, 2009

Empregadas precisam-se

Encontrei esta pérola numa loja nas ruas de Albufeira:


Podemos concluir daqui que o problema do desemprego em Portugal não está na falta de empregos, mas sim da falta de quem queira trabalhar e não ter apenas um emprego (mas isso já não é novidade).

Numa das regiões mais afectadas pelo desemprego (Algarve) um cartaz destes parece anedota. Nem os muitos brasileiros que por ali habitam parecem querem este emprego (trabalho). Mas vamos com calma, pois também não conhecemos as condições oferecidas no mesmo nem o patrão. Uma coisa é certa: trabalho oferecem!:)