quarta-feira, junho 25, 2008
Hipers abertos ao Domingo à tarde: sim ou não?
"Hipers ao domingo à tarde vão gerar 2500 milhões
A simples autorização de abertura das superfícies comerciais de maior dimensão (hipermercados) ao domingo à tarde e aos feriados, durante os dez meses do ano em que tal está proibido - todos menos Novembro e Dezembro -, criaria para o país uma riqueza adicional de 2500 milhões de euros. A conclusão é de um estudo da consultora Roland Berger, encomendado pela Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), que ontem foi divulgado em Lisboa. Os números adiantados referem-se ao acumulado dos próximos dez anos.
Segundo António Bernardo, da Roland Berger, a abertura adicional permitiria "a criação de mais de oito mil empregos, até 2017". Há igualmente um "impacto fiscal muito forte, que pode ir até 1,5 mil milhões de euros".
O documento afirma que a "limitação de abertura de lojas com mais de 2000 metros quadrados [aquelas às quais se aplica a referida proibição] está a condicionar o de-senvolvimento da economia, do emprego, a criar constrangimentos aos consumidores e não teve sucesso em proteger o comércio tradicional por não ser um dos factores-chave do declínio deste tipo de retalho".
O estudo refere que, para além do impacto económico global, o emprego gerado será na sua maioria "estável" (71%), atingindo em especial "jovens" (74%) e "mulheres" (69%). A estrutura dos ganhos divide-se em estimativas de investimento (350 milhões de euros), criação de emprego directo (500 milhões) e indirecto (150 milhões), mais as receitas fiscais previstas.
Os novos empregos, segundo a Roland Berger poderão representar remunerações de 630 a 670 milhões de euros (no período de um decénio em apreço). A empresa estima ainda um efeito multiplicador do investimento da ordem dos 80 a 120 milhões.
A consultora foi igualmente à procura de saber o que pensam os consumidores sobre a referida abertura aos domingos à tarde e aos feriados. Cerca de dois terços (66%) dos portugueses concorda, sendo que é nos mais jovens que a ideia passa melhor. Por estado civil, quem é solteiro (77%) ou divorciado (68,5%) vê com melhores olhos o alargamento do horário de abertura. Os portugueses dividem-se praticamente a meio quando questionados sobre se preferem fazer compras de 2ª-feira a 6ª-feira ou ao fim-de-semana.
A Roland Berger refere que, em termos comparativos com os países da UE-15 , Portugal situa- -se mais ou menos a meio no que diz respeito a liberalização dos horários de funcionamento. O estudo foi elaborado ao longo de dois meses e meio."
Quem vê este título até se assusta. E por várias razões.
Primeiro, vão gerar 2500 milhões onde? Como? Para quem?
Depois, isso quer dizer que as pessoas vão largar mais 2500 ME do que largam agora nos hipermercados? Claro que não!
O que vai acontecer é que o consumo vai ser distribuído pelos sete dias da semana em vez de ser por seis dias e meio, cabendo a fatia dessa divisão aos domingos à tarde dos tais 2500 ME, contanto também que muita gente vai fazer compras nesse período, tal como fazem por exemplo ao sábado à tarde.
Estes tipos da APED querem a força levar a deles avante. Eles representam os patrões e donos dos hipers, que são sequiosos por lucros, que já não são poucos. Quando foi feita uma recolha de assinaturas nas caixas dos hipermercados claro que a maioria dos clientes disseram "sim, claro que quero que estejam abertos domingo a tarde!". Claro. Dá jeito. Até a mim me dava, se tivesse que por exemplo que ir comprar leite para a minha filha a meio da noite obviamente preferia fazer num hiper onde é muito mais barato que numa farmácia. Agora, quando perguntam aos funcionários dos hipers se querem trabalhar ao domingo à tarde estes respondem claramente que não. E a esses ninguém os ouviu!
E estes 2500 ME são riquesa adicional que o país vai ganhar? Não, são as receitas que os hipers vão facturar, não esquecer disso.
Sabem o que vai acontecer se a medida for para a frente? Vamos ter cada vez mais gente a encher os centros comerciais e cada vez mais gastadores (por exemplo aos domingos à tarde numa primavera ensolarada em vez de estar a passear e fazer exercício por exemplo), e cada vez mais pobres (na carteira e no espírito). Em vez de darem dinheiro a ganhar a pequenas mercearias e cafés do interior, lojas de comércio tradicional e típico, vão continuar a comprar queijo da Serra e alheiras de mirandela nas prateleiras dos hipers em vez de estarem a visitar os locais de origem desses produtos.
E não vou alongar-me mais: sabem que estivem durante quase 5 anos por dentro deste tema por trabalhar para um grupo de hipers (Carrefour) e sei como estas coisas funcionam. E sabem qual a minha opinião? Supers, Hipers e Hard Disconts (Lidl's, Minipreço's e companhia) deviam encerrar todo o ano ao Domingo, o dia todo!
terça-feira, junho 03, 2008
Convite para Encontro de Reutilizadores
Amigos,
Tenho um convite para vocês:
Participar no Encontro de Reutilizadores que se irá realizar no próximo Sábado, dia 7 de Junho, em Lisboa.
Freecycle: o que é?
O Freecycle combina pessoas que têm coisas das quais se querem ver livres, com as pessoas que as podem usar. O objectivo é manter artigos que ainda podem ser usados, fora das lixeiras e dos aterros. Usando-se o que nós temos já na Terra, reduzimos o consumismo, manufacturamos menos bens, e diminuímos o impacto no planeta. Um outro benefício de usar o Freecycle é que nos incentiva a começar a livrar-nos da sucata que para nós não tem mais utilidade e promove a participação da comunidade no processo. Liberte-se do "lixo"!
Todos nós conhecemos pessoalmente imensas pessoas que partilham esta ideia. Assim, porque não "passar para a frente" e dizer a outras pessoas o que é o Freecycle, talvez assim possamos contribuir um pouco mais para ajudar o nosso Planeta!
O Lisboa Freecycle® é um grupo que está aberto a todos os que querem "reciclar" algum objecto especial em vez de o deitar fora. Seja uma cadeira, um aparelho de fax, um piano ou uma porta velha, sinta-se livre para o afixar. Ou também algo que esteja a procurar adquirir para si!
Criado em 3 de Janeiro de 2007, o grupo Lisboa Freecycle é uma filial do movimento internacional em incrível crescimento rápido - Freecycle, que começou em Tucson, USA, a 10 de Maio de 2003 e que tem agora milhares de grupos afiliados em todo o mundo.
Venha conhecer este movimento no próximo Sábado dia 7 de Junho no Jardim das Conchas, na Alameda das Linhas de Torres no Lumiar em Lisboa, entre as 10h e as 13h.
Traga objectos que já não precise e que pensava deitar para o lixo e certamente encontrá alguém que ainda lhes poderá dar alguma utilidade. E quem sabe não vai encontrar alguém com o objecto que andava a pensar comprar!
Apareçam! Tudo é gratuito, a entrada, os objectos.
Por um mundo melhor!:)
Como chegar:
Metro: estação Quinta das Conchas da Linha Amarela
Autocarros: 7, 36, 106, 108, 207, 701.
1º Workshop de Geocaching no Espaço Monsanto
Olá amigos,
Estou a convidar-vos para participar num workshop sobre uma actividade que poucos conhecem mas que começa a ter bastantes adeptos em Portugal.
Este workshop terá como oradores eu e mais 3 geocachers, decorrerá no Espaço Monsanto no Parque de Monsanto em Lisboa, no próximo sábado dia 7 de Junho às 9h da manhã, e estás desde já convidado!
O que é o Geocaching?
"Geocaching é uma actividade de ar livre que envolve a utilização de um receptor de GPS ("Sistema de Posicionamento Global") para encontrar uma "geocache" (ou simplesmente "cache") colocada em qualquer local do mundo. Uma cache típica é uma pequena caixa (ou tupperware), fechada e à prova de água que contém um livro de registo e alguns objectos, como canetas, afia-lápis, moedas ou bonecos para troca.
Esta actividade que junta os amantes da Natureza e adeptos das Novas Tecnologias leva-nos de uma forma lúdica a conhecer locais que doutra forma nunca iríamos conhecer.
Venha descobrir esta actividade e experimentar no dia 7 de Junho no Espaço Monsanto. Traga o seu GPS e descubra além destes pequenos tesouros escondidos tudo o que pode fazer com ele"
Se tens GPS leva que te ensinaremos a tirar melhor partido dele.
Aproveita esta oportunidade. É gratuito e podem levar quem quiserem.
Apareçam!
Qualquer dúvida contactem-me para o 962849240 ou claudiocortez@clix.pt
Podem consultar mais informações aqui: http://www.cm-lisboa.pt/pmonsanto/?id_categoria=11&id_item=410
Cláudio Cortez
quinta-feira, maio 22, 2008
3 Meses!!:)
Entre as muitas gracinhas que vai fazendo poucas preocupações nos dá, mas por vezes faz com cada uma...o que faz adivinhar o que aí vem: muito trabalho para os pais e MUITO CUIDADO E ATENÇÃO com ela!
Aqui vão algumas fotos:
sexta-feira, março 07, 2008
Os PetroEuroDolares
From:
Sent: sexta-feira, 7 de Março de 2008 9:19
Subject: Petróleo vs dollar
Estudo muito interessante...
O preço do petróleo
Fui informado recentemente que os preços de uns produtos químicos comercializados pela empresa onde trabalho iriam subir novamente devido à subida do preço do petróleo.
Todos os fins de semana meto gasolina no carro, e cada vez preciso de mais euros para comprar menos litros de Super-95. Dizem-me que é por causa do preço do petróleo.
Os industriais de panificação ameaçam com uma subida do preço do pão em cerca de 50%, devido à subida do preço do petróleo, que vez disparar o preço dos cereais.
Assim, fui à net buscar umas tabelas/imagens, comecei a fazer umas contas.
Câmbio EUR/USD, desde 1999 a 2008:
Evolução do preço do petróleo desde 1994 (preços em USD):
Então temos:
- Em 2000, um barril de petróleo custava 63USD, ou seja, 70.00€ (1.00Eur=0.90USD).
- Em 2008, um barril de petróleo custa 100USD, ou seja, 66.6€(1.00Eur=1.520USD).
dados de 03.03.2008.
Gostava que me indicassem onde está a subida do preço do petróleo porque parece-me até que o petroleo esta a baixar em função do aumento do euro!
Cada um que pense por si, mas eu acho que estamos a ser roubados pelos políticos, pelas petrolíferas e agora até pela associação de padeiros!
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A este mail eu respondi o seguinte:
"Bom mail, sim sr. No entanto deixo mais algumas informações.
O “nosso” petróleo está indexado ao Brent, a praça Londrina que serve de referência para o petróleo comercializado na Europa. Essa praça também comercializa o petróleo em Dólares, mas normalmente a umpreço mais baixo que a praça Down Jones, a congénere Norte Americana.
Realmente o que envias no mail é verdade, mas não na totalidade, porque quem te vende os bens a ti também compra o petróleo caro, nomeadamente as petrolíferas que compram o petróleo em Londres. O problema são as grandes companhias que essas sim ficam com o lucro associado ao cambio da moeda. E o Estado português que só beneficia com a variação dos preços, pois nós pagamos impostos altos nos combustíveis, sejas tu, o padeiro para fazer o pão ou quem seja apenas consumidor de matérias primas.
Mas o mais grave está para vir: quando os países produtores passarem a vender o petróleo em Euros em vez de Dólares! Para nós vai passar a ser mais transparente e estamos mais dependentes das subidas e descidas do preço, quem beneficia é quem tem o Dólar como moeda, pois se o Dólar continuar a desvalorizar não vão notar tanto os aumentos como nós. No entanto quando o Euro começar a desvalorizar face ao Dólar (o que vai acontecer um dia, temos que ter noção disso) vamos sair beneficiados. Bom, não muito, porque o Estado e as grandes companhias vão continar a ter altas margens!
Sugiro que vejas este link: http://saberaverdade.blogspot.com/2006/02/em-maro-3-acontecimentos-mudaro.html
Está ali bem explicado cenário actual da coisa..
Atentamente,
"
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Deixo-vos agora o texto do link que postei acima:
Em Março 3 acontecimentos mudarão a Historia do Mundo
No proximo mes de Março, 3 acontecimentos vao marcar para sempre a historia do mundo em que vivemos. 3 acontecimentos menores se os vissemos dissociados uns dos outros mas quando olhamos os tres em conjunto um padrao emerge e arrebata-nos de forma monstruosa. No passado mês de Dezembro, o Fed anunciou que ia deixar de produzir e publicar o chamado indice M3, que é publicado desde que o dolar é dolar. O que é o indice M3? Este indice mede a quantidade total de divisas norte americanas em circulação no planeta. O indice M0 indica o total de moeda fisica nos bancos, notas e moedas, o M1 é o M0 mais as contas à ordem, o M2 é o M1 mais os papeis comerciais e contas a prazo, e finalmente o M3 é o M2 mais as grandes contas em dolares, reservas de países terceiros em dolares e todas as grandes contas em dolares existentes. No fundo o indice M3 é a quantidade de moeda norte americana em circulação. O Fed defende a decisao de deixar de publicar este indice com a bacoca ideia de que nao acrescenta nada de essencial ao investidor e por isso sempre se poupam 500.000 dolares anuais ao deixar de alocar recursos para o seu calculo. Isto é mentira em todas as frentes, pois o indice vai deixar de ser publicado mas vai continuar a ser calculado para estatistica interna, e segundo o indice acrescenta uma valiosa informaçao em relação ao seu antecessor o M2. É com o indice M3 que o publico percebe se as reservas em dolares dos países estrangeiros estao a aumentar ou a diminuir. É uma informaçao vital para os mercados cambiais, por exemplo. O mais relevante é a data a partir da qual este indice vai passar a ser escondido do publico, 23 de Março. Já veremos como esta data cai como uma bomba, literalmente, nas terras do Irão. Outro acontecimento para Março é a tao falada nova bolsa de petroleo de Teerão, que se sabe estar por detrás do futuro ataque ao Irão. Esta bolsa vai mudar drasticamente a geopolitica mundial. Até agora o mercado de petroleo estava cingido apenas ao NYMEX em Nova Yorque, e à bolsa de Londres. E as suas transacções estavam exclusivamente denominadas em dolares. Isto provoca uma procura mundial pelo dolar para poder transacionar no mercado energetico o que por sua vez faz aumentar o preço do dolar. A bolsa de Teerão vai ser baseada em Euros pelo que o Irão vai, não só vender o seu petroleo em Euros, e não é assim tao pouco como isso pois representa 5% da produção diaria mundial, mas vai tambem arrastar outros países que não querem estar tao sujeitos à instabilidade que o dolar tem vivido ultimamente. A Venezuela já concordou passar a negociar exclusivamente através do Irão e muitos outros países se seguem. Obviamente para a Europa tambem faz mais sentido negociar na sua propria moeda do que incorrer em operações cambiais cada vez que compra petroleo como tem acontecido. Isto vai provocar uma mudança geopolitica brutal. À medida que mais países compram em euros, menos o dolar é procurado, levando à sua queda até à fossa, o que já não anda longe. A acrescentar à descida rapida do dolar estará tambem a falta de interesse em manter grandes reservas de dolares pois estes já não são fundamentais para transacionar petroleo. Deixa de ser interessante financeiramente comprar titulos de divida publica americana (bonds) e possivelmente haverá tentativas de liquidação de titulos de divida americanos por parte de alguns países com reservas de dolares excessivas, para as redireccionar para euros. Isto já se verifica um pouco e é a causa do começo da subida das taxas de juro, o que depois será ainda mais rapida. Esta situação a manter-se inalterada significava o colapso breve prazo da moeda americana e consequentemente da propria economia. Quando é que a bolsa de Teerão vai abrir? A 23 de Março. Portanto temos a espantosa coincidencia de no dia em que o principio do fim do dolar acontece, acontece tambem que o indicador que nos diz se as reservas mundiais de dolares se estao a deslocar e a fugir do mesmo é deixado de ser publicado. Os americanos nem vao saber de que morte morrem. O terceiro acontecimento é tambem o mais relevante. No fundo são dois acontecimentos no mesmo dia. A dia 28 de Março haverá eleiçoes em Israel e será feito (que fique aqui escrito) o primeiro ataque em solo iraniano contra alvos nucleares, que já é aqui vaticinado para Março desde Setembro ultimo. El-Baradei apresentará o seu relatorio sobre o Irão no principio de Março embora o premio nobel já tenha dito que o mundo está a perder a paciencia com o Irão. Este relatório vai servir de desculpa para os ataques subsequentes. O Times afirmava em Dezembro ultimo que Sharon colocara o nivel de prontidao das suas tropas no máximo para um ataque ao Irao no final de Março (http://www.timesonline.co.uk/article/0,,2089-1920074,00.html). Vladimir Girinovsky afirmou esta semana saber com toda a certeza que o ataque se dará a 28 de Março. Afirmou tambem que Condoleeza Rice não era casada por gostar mais de estar perto de militares suados. Rice foi a protagonista da alteração à lei que proibia os EUA de usarem armas nucleares antes do inimigo. Desde Dezembro ultimo que é possivel aos EUA usarem armas nucleares preventivamente, numa resolução passada no senado sem qualquer discussao ou cobertura mediatica. Temos entao 2 cenarios possiveis. Ou os EUA atacam o Irão e impedem a abertura da bolsa de petroleo, ou a economia colapsará. Eu acredito nas duas simultaneamente, pois a divida publica norte-americana é de tal modo grande que nunca conseguirá recuperar. Este ultimo debate do Estado da Uniao nos EUA aumentou em 10% a despesa militar e reduziu em todas as despesas com saude e educação. Nunca um orçamemento foi tao gastador como este. À China não interessa muito o valor do dolar pois a divida dos EUA para com eles é tao grande que podem comprar a America inteira com os seus bonds. De qualquer modo a China cedeu aos EUA quando quiseram desvalorizar o yuan ao ritmo do dolar, o que traria o colapso americano tambem. O yuan foi valorizado artificialmente em 10% para deixar o dolar respirar um pouco. Março será entao o principio do fim do fim do principio.quinta-feira, março 06, 2008
Media Markt: a Parvónia é já aqui ao lado
A campanha foi suspensa, na quinta-feira, 7 de Fevereiro, em causa está a caricatura feita na campanha a um escuteiro que, na opinião de Carlos Alberto Pereira, chefe nacional da do CNE, “ofendia a dignidade dos membros do escuteiros”.
in Diário de Notícias:
Corpo Nacional de Escutas descontente com campanha
A actual campanha publicitária da Media Markt com o slogan "Eu é que não sou parvo" está a revoltar os escuteiros. Estes ameaçam a empresa com um processo judicial caso não suspenda o anúncio, noticia a Lusa.
O chefe do Corpo Nacional de Escutas, Carlos Alberto Pereira, enviou um ofício à empresa classificando a campanha de "clara, objectiva e intolerantemente ofensiva para os 80 mil escuteiros portugueses e suas famílias". O dirigente pede " a suspensão imediata da referida campanha publicitária e a cessação da menção aos escuteiros". Caso contrário "teremos de agir judicialmente, quer civil, quer criminalmente", avisa Carlos Alberto Pereira.
Por seu lado, a Media Markt lamentou a "errada interpretação que foi dada por alguns", argumentando que a campanha se baseia no seu slogan "usado a nível internacional 'Eu é que não sou parvo', adaptado à língua materna de cada país". A publicidade em questão teve "como ideia central a criação de uma nação fictícia - a Parvónia - onde vivem os seus originários cidadãos: Os Parvos", explicou ainda a empresa em comunicado enviado à Lusa.
A Media Markt acrescenta que "todo o tom da campanha é humorado e bem-disposto, não querendo nunca ofender, retratar de forma agressiva ou ferir a susceptibilidade de qualquer grupo ou entidade social". A empresa defende ainda que nunca teve a intenção de "retratar classes políticas ou sociais nem (...) denegrir a imagem de grupos sociais tão importantes e fundamentais para a sociedade como o são todas as corporações de escuteiros, que para muitos jovens portugueses foram e são uma grande escola de vida".
O personagem do escuteiro é acompanhado na campanha por três "cidadãos da Parvónia" de visita a Portugal: o presidente, um general e a miss do país imaginário. Entretanto surgiu na Internet uma petição que exige "a retirada do anúncio e um pedido de desculpas", explicou à Lusa Nuno Castela Canilho, dirigente do Agrupamento de Escuteiros 1037 da Mealhada e primeiro signatário da petição.
"A publicidade não precisava de um escuteiro para dar a ideia dos parvos" e se este "não estivesse fardado era igual", salientou o responsável escutista.
Ora bem, na minha opinião de facto a campanha não pôe em causa apenas os escuteiros, mas também as misses, os presidentes e os generais, no entanto só os primeiros se insurgiram contra a campanha. Se a coisa fosse bem feita então tinha sido toda proibida por "gozar" as quatro "classes"! É certo que a campanha é ela própria um bocado parva, mas não deixa de ser original.
Eu que tenho dois dos melhores amigos que foram escuteiros e tenho outros tantos amigos e conhecidos que o foram ou são, não vejo que seja um denegrir à classe, é sim o aproveitar de quatro imagens "gastas" mas que chamam à atenção por isso mesmo. Se fossem pôr gajas boas semi-despidas ninguém ligava, já nos chega os anúncios da PT e da TVCabo a meterem-nos gajas que pensam que são boas pela sala adentro todos os dias.
E depois à outra coisa que ainda não ouvi ninguém criticar, e essa sim parece-me grave: estas quatro personagens quando falam imitam o sotaque dos povos de leste que estão no nosso país. Aí sim, eu digo: estão a denegrir a imagem de um povo inteiro. Isso sim devia de ser criticado!
sexta-feira, fevereiro 29, 2008
As Cheias e Crescimento Sustentado
Diziam alguns meios de cominicação social:
"As cheias na Grande Lisboa causaram esta segunda-feira um morto, cinco feridos, um desaparecido, 179 desalojados e 122 deslocados, informa o portal da Autoridade Nacional de Protecção Civil.
A única vítima mortal registada até ao momento é uma mulher, ocupante de uma viatura que caiu na Ribeira de Belas, Sintra. A outra ocupante do veículo, também mulher, continua desaparecida, estado agentes da PSP, auxiliados por cães, e bombeiros destacados nas buscas. As cheias mobilizaram no Distrito de Lisboa 296 bombeiros, 102 viaturas e três botes.
Ainda de acordo com a Autoridade Nacional de Protecção Civil, as inundações obrigaram, em Setúbal, a uma evacuação e ao encerramento de todas as escolas do Concelho, por precaução. No mesmo Distrito mas em Sines, o abastecimento de água foi cortado devido ao deslizamento de terras. Foram mobilizados para o Distrito de Setúbal 520 bombeiros e 180 veículos.
A circulação de comboios esteve parcialmente cortada, na Linha do Norte, na Póvoa de Santa Iria, entre as 08:00 e as 10h30, e no Sul, nas Praias do Sado, até meio da tarde, devido "ao excesso de água que se verificou e inundou parte das linhas e estações" sem que nenhuma estrutura ficasse afectada, segundo a Refer - Rede Ferroviária Nacional.
O Metropolitano de Lisboa também foi afectado, tendo encerrado temporariamente a estação do Jardim Zoológico devido à entrada de água pelos acessos e escadarias da gare.
Inundações em subestações e postos de transformação de electricidade levaram ao corte temporário de luz em Cascais, Lisboa e Loures. De acordo com a EDP Distribuição, só nas zonas Norte de Cascais e Avenidas Novas, em Lisboa, cerca de 20 mil clientes ficaram privados de energia até às 12h00 devido às fortes chuvadas."
Depois vieram as inevitáveis questões políticas:
" O ministro do Ambiente responsabiliza os municípios pelas inundações dsegunda-feira na região de Lisboa. Na resposta, o presidente da Câmara de Loures diz que Nunes Correia "desconhece as competências das autarquias".
Nunes Correia rejeita que o problema se coloque ao nível do ordenamento do território, apontando o dedo a falhas ao nível da limpeza dos algerozes, a cargo das autarquias. Na resposta, o presidente da Câmara Municipal de Loures, uma das mais atingidas pelas cheias desta segunda-feira, diz que Nunes Correia nunca foi autarca e desconhece as competências das autarquias.
Carlos Teixeira acrescenta ainda que é ao Ministério do Ambiente, através do Instituto da Água, que compete a limpeza dos cursos de água.
Setúbal foi outra das zonas mais afectadas pelo mau tempo e, à Renascença, a presidente da Câmara contesta as afirmações do responsável pela pasta do Ambiente. Maria das Dores Meira diz estar de consciência tranquila, uma vez que a autarquia procedeu a uma “limpeza muito aprofundada” de valas e coletores para tentar evitar inundações.
A presidente da Câmara de Setúbal denuncia, também, um problema grave a montante da cidade, com as ribeiras do Livramento e da Figueira, uma questão que o município tenta resolver há vários anos. São precisas obras no valor de 10 milhões de euros e a tutela está alertada, só que o ministro do Ambiente continua a não receber os autarcas, acusa Maria das Dores Meira.
Sobre esta situação a Renascença ouviu o engenheiro de estruturas Matos e Silva, que lança uma sugestão que passa por uma coordenação estreita entre os serviços meteorológicos e as câmaras municipais."
Claro, só podia ser. Numa altura destas toda a gente culpa toda a gente. Toda a gente protesta, grita, escreve uns artigos, culpa este e o outro, ou assume as culpas. Mas e na prática? Que é feito?
A grande maioria dos envolvidos nas cheias conhece em parte as causas e as razões do sucedido, mas a esmagadora maioria dos cidadãos que apenas sabem ler e ver o que lhes é dado pelas notícias desconhece por completo a realidade. Tem uma vaga ideia, pronto. Quanto muito uma opinião, que poderá ser a certa.
Do ser humano actual já se conhece o péssimo relacionamento com tudo o que é anormal ao seu quotidiano e à sua rotina. Cheias, ciclones, terramotos ou fogos são situações em que ninguém é capaz de agir em conformidade. E porquê? É simples: nós, apesar de humanos, continuamos a ser animais, e todos os animais têm instinto de sobrevivência. Uns mais outros menos, é certo, mas todos têm. Nós humanos estamos "vacinados" contra esse instinto e temos sido habituados a uma vida urbana que nem quer ouvir falar das acções da Natureza. Quando algo de anormal acontece, o nosso organismo fica baralhado entre o que deve fazer entre reagir ao seu instinto ou ao que é racional e humano. Obviamente que vai pela segunda da-se mal. Deu-se mal a condutora da viatura que foi parar ao rio e deu-se mal o velhote que tentou salver o seu bem material ( o seu carro) da cheia. Ser racional nestas altura não ajuda nada, só prejudica.
Estas palavras podem parecer frias, cruas ou pouco perceptívies para a maioria, mas isso nem me espanta nem me importa muito. Hoje todos temos consciência que temos consequências boas e más dos actos e decisões que tomamos. Quer queiramos ter uma mentalidade urbana e cosmopolita ou uma mentalidade de sobrevivência e rústica temos pontos a favor e contra. Cabe a cada um posicionar-se no melhor local possível.
E o que isto tem a ver com as cheias? Simples. Pareciam baratas tontas. Houve de tudo. Culpados e castigados a ajudarem-se mutuamente. Os culpados são os nossos dirigentes políticos, quem durante décadas e décadas construíu e mandou construir as edificações que hoje temos, nomeadamente desde a segunda metade do sec XX, e os que por ignorância ou por falta de outras hipóteses foram viver e trabalhar para os pontos críticos, leitos de cheia e zonas baixas facilmente inundáveis. Castigados são os bombeiros e todos os que sem culpa nenhuma foram apanhados nas cheias e suaram para minimizar as consequências.
O ordenamento do território é péssimo hoje, eu sempre odiei cidades e o urbanismo baseado em prédios, urbanizações e caixas de betão. Percebem agora porquê? Porque não há planeamento, não há um Crescimento Sustentável.
Ah, e tal, repudiam os rudes das aldeias e as habitações antigas sem conforto, mas digam lá se viram casas antigas inundadas pelas cheias, viram? Claro que não, é que até à 50 anos para trás havia muito tempo para pensar e agir, nomeadamente quando se construia uma casa. Pensava-se em tudo o que podia acontecer, e havia tempo para ver e saber se aquele local era seguro, demoravam-se muitos anos a planear e fazer uma casa mesmo pequena que fosse, assim como as estradas e ruas. E hoje, como é? Os "estragos" da Idade do Betão infelizmente não se fazem só sentir na construção de casas, também na construção de diques, açudes e valas para encaminhar a água. Tudo isto é construído com cálculos matemáticos elaboradíssimos, mas sempre com valores máximos admissíveis. Tudo o que vier para além disso não é calculado.
Foi o que aconteceu na madrugada do dia 18. Choveu muito, e quem não estava preparado sofreu as consequências. O pior é que ainda por cima por cá esquece-se rápido. Isto foi numa segunda feita e no sábado seguinte o futebol tinha que continuar a jogar-se nos estádios, as passereles e as discotecas tinham que estar um brinco e cheias de gente que bebe para esquecer e as revistas da treta (côr de rosa e afins) tinham que continuar a ser vendidas e lidas ( como se a homossexualidade do Castelo Branco interessasse para alguma coisa).
Percebem o que quero dizer?
Ficam algumas imagens das cheias no centro da Cidade de Loures:
A Segurança Social de Loures
é Loures.
Pois cada vez que tenho que me deslocar a este serviço fico mais chocado e revoltado que da vez anterior. Para já, mais de metade dos seus utentes são estrangeiros (africanos, europeus de leste, brasileiros, entre outros) ou ciganos. Se queem ver ciganos é ir à Seg Social ou aos Hospitais, estão em todos. Tudo o que seja para receber ou usufruir de borla estão lá. A outra quase metade são pessoas que eectivamente são daquela área de residencia esão ou desenpregados ou reformados ou doentes. Portanto, estão a imaginar o cenário e o ar desolador que ali se encontra.
Bem, desta vez não foi o cenário encontrado que me chocou, mas sim um episódio passado no balcão das Prioridades, que por acaso era o nosso (grávidas e utentes com bébés de colo, que era o nosso caso). Uma das utentes que estava antes de nós a ser atendida era Cabo- Verdeana, recém-chegada a Portugal. Levava nos braços um bebé visivelmente mal cuidado. O irmão mais velho, aí com uns 3 anos, tinha na mão um biberão com leite que não largou durante aqueles 45min que ali esteve, ora andava pelo chao, ora andava na boca dele.
A sra não sabia ao certo o que ali estava a fazer, mas alguém a mandou lá ir. Disse qualquer coisa e a funcionário retorquiu detrás da secretária: "Já falou com a sua Assistente Social?", assim com um ar de que a mulher era obrigada a saber o que era, quanto mais ter uma! Obviamente que nem sequer percebeu o que ela queria dizer com aquilo. Mas o melhor veio a seguir. A funcionário abre a guela e pergunta para ela ouvir bem :"E vai pedir algum subsídio?".
Eu neste momento devia me ter levantado e ter dito:"Se a senhora não quiser eu posso ficar com o subsídio. Se for preciso pinto-me de outra cor, pinto a miuda também e digo que não percebo nada. É só isso que é preciso para receber guito do bolso dos que trabalham sem fazer nicles?"
Mas achei que era melhor não, primeiro porque não sou assim e depois porque o casal de ciganos que estava atrás de mim era capaz de se sentir ofendido. Eu nós sabemos que os ciganos não são gente que goste de se sentir ofendido!
Meus caros, é assim, nada mais à a dizer. Percebem porque é que a Seg Social está metade cheia de gente que ou não está doente ou não vai pagar a contribuição para a segurança social ou não está desempregado? Claro que percebem. Essa metade são pessoas que provavelmente não tiveram o apoio devido para chegarem ao nosso país e serem cidadãos activos e devidamente integrados no nosso quotidiano. Quem para cá vem deve ter os direitos e os deveres que os que cá estão têm. Não é dando subsídios que vamos "tapar" as cagadas que outros fazem, nomeadamente quem em acordos internacionais entre Estados assumem que deixam entrar nao-sei-quantos-milhares-mais de imigrantes sem assegurar a sua devida integração.
Assim, qualquer um não se importa de vir para cá! Se não tiver condições financeiras dão-lhas!
E o pior é que todos os meses entregou uma parque considerável do meu ordenado para ser gerido por estes senhores...é caso para dizer: que Deus nos acuda, que os que cá estão já vimos que não prestam..
Cães...ou donos perigosos?!?
Nada disto é novo e infelizmente repete-se com demasiada frequência para ser levado de ânimo leve e sem tomarmos medidas. Sim, tomarmos medidas todos, porque só assim conseguiremos que algo mude.
Não sou extremista que os cães de raças consideradas perigosas (inclusivé em Decreto-Lei) devessem ser eliminados ou proibidos, mas também não sou pessoa de viver para salvar todo e qualquer animal que esteje vivo, como acontece a quem tem dezenas de cães e gatos em casa, ou ando a mandar spam e mais spam a oferecer cachorrinhos, gatinhos e afins.
No entanto, não entendo porque é que se continuam a perpetuar estas modas, manias e pancas de que ter um cão dito "perigoso" faz do seu proprietário um ser superior e capaz de enfrentar tudo e todos. Provavelmente num determinado episódio da sua vida terá que enfrentar o seu próprio cão, que em tempos acarinhou e provavelmente pagou para o ter.
Assim como há esta moda há outras também graves, como o Tunning ou os telemóveis, todas elas reflexo da sociedade altamente influenciável que hoje temos no nosso país. E o que mais me preocupa é que são os mais jovens os que mais estão a demonstrar essa faceta! Mas um dia talvez escreva sobre isto...num dia que provavelmente esteje irritado, como agora estou com esta questão dos cães.
Na minha opinião muitas pessoas que têm animais domésticos simplesmente não os deviam ter, porque basicamente não têm condições para os ter. E que as tem, ou tem poder de compra, ou nao tem e trata os animais com algum desprezo.
Irrita-me sair de casa para ir a qualquer lado, minimamente arranjado, entro no elevador e quando estou a descer ele pára, e já ouço as unhas dos ditos a arranhar a porta. Assim que esta abre entram que nem loucos, não respeitando quem já lá vai dentro, saltando para a roupa, babando-se e roçando-se sem qualquer repreendimento do seu dono. Ah, claro, o repreendimento é para o dono, pois ele já que tem animais num prédio devia respeitar os outros condóminos e no m+inimo andar com eles presos. Já para não falar com o habitual xixi no chão do elevador que depois ninguém fez, para além do cócozito no passeio...mas tudo bem! Não tenciono entrar na casa de pessoas assim, pois as experiências que já tive foram...más, muito más.
Senhores Pintas & Afins, podem estar certos que não vou tolerar a vossa ignorância e falta de respeito, quer com os animais (que não são menos que nós para sermos seus "donos") quer comigo. Se os têm, assumam os deveres e as consequências dos seus actos. Senão quem passa a andar de trela são os senhores!!
Ganda MOCA!!!
(Uns aplaudirão, outros dirão que foi um crime!)
A PJ incinerou hoje na central incineradora de S.João da Talha (na zona oriental do concelho de Loures, junto ao Tejo, 2km a norte da Expo) nada mais nada menos que 12 Toneladas de Haxixe (na sua maioria) e pequenas quantidades de Liamba, Ópio e Cocaína.
Ora, estão a imaginar que uma incineradora queima, e se queima faz fumo, e o que acontece quando se inala o fumo provocado pela queima do haxixe? Pois é...:)
(Na verdade isto da moca foi pura ficção (a incineradora está devidamente protejida com filtros de partículas), mas de facto ouvi hoje nas notícias esta pérola. Ainda andei a espreitar para ver se via os agarrados a caminho do IC2, mas não, não dei por nada...)
A Matilde nasceu!!
Depois de 9 meses de espera finalmente a nossa filhota conheceu os pais. Na data marcada, a mãe começou a sentir os primeiros sinais por volta das 21.30h, com contracções de 15 em 15min, que rapidamente aumentaram de frequência. Por volta das 10.45h, já com algumas dores, saímos de casa em direcção ao Hospital Dona Estefânea, onde depois de vista e de se verificar que a dilatação estava completa a mãe seguiu para a sala de parto, onde o pai entrou para assistir.
Depois de iniciado o trabalho de parto em menos de 15min ela estava nas mãos dos médicos que impecavelmente acompanharam todo o parto (sendo dois deles espanhóis, até parece que os "nossos" não sabem fazer partos..).
Correu tudo bem, também devido à experiência da mãe, sem complicações. Depois de duas horas no recobro, subiram à cama onde iriam ficar até dia 18. E foi nessa altura que vieram mãe e filha para casa.
Agora, são as noites mal dormidas, os choros de fome, mama, muda de fraldas, banhos, ida ao centro de saúde, vacinas, etc etc etc. Enfim, um mundo! Um mundo novo, mas muito interessante!
Não há palavras para descrever a sensação sentida! É algo que só passando por tal podemos dar o devido valor. Vale a pena, não tenham receio!:)
Aqui fica uma foto dela, a primeira com os olhos abertos, cerca de 40h depois de ter nascido:
Agora, só me falta escrever o livro! Já tenho um filho e já plantei algumas árvores..
quinta-feira, fevereiro 14, 2008
A verdade sobre as lâmpadas economizadoras
Desde há muito que se ouve falar nas lâmpadas economizadoras (de baixo consumo) que nos fazem poupar até 85%. Bom, isto é como tudo, muito bonito na teoria, mas agora vamos à prática...
De facto, se nas nossas casas substituirmos todas as lâmpadas incandescentes por lâmpadas economizadoras e estas durarem o tempo que é indicado pelo fabricante a poupança atinge valores próximos da percentagem que disse em cima. E se não for assim?
Para já, vamos lá explicar o que são estas "milagrosas" lâmpadas.
Estas lâmpadas não são mais que as lâmpadas fluorescentes tubulares que temos nos tectos das nossas cozinhas, casas de banho ou garagens, ou nos escritórios, mas em ponto pequeno e adaptadas aos formatos standart de casquilhos usados para as lâmpadas incandescentes.
O princípio de funcionamento é o mesmo, ou seja, a corrente eléctrica percorre o interior do tubo pelo gás condutor que lá se encontra, e as partículas fluorescentes emanam a luz que lhes é característica.
Estas lâmpadas (as tubulares) sempre tiveram um arranque mais complicado que as incandescentes, necessitando de um arrancador e um balastro para fazer com que o tubo se torne "condutor" de electricidade, e só aí elas acendem. Este processo é feito recorrendo ao arrancador que não é mais que um interruptor automático que se desliga assim que a lâmpada acende.Depois desta acesa é o balastro que regula a intensidade de corrente que percorre a lâmpada. Se houver interesse eu depois coloco aqui um esquema com o seu princípio de funcionamento.
No caso das economizadoras, o arranque é feito electronicamente, nomeadamente com um pequeno transformador, um Circuito Integrado (C.I.) Regulador de Tensão e alguns componentes passivos de filtragem e protecção do C.I. É nomeadamente por estes componentes e pela arquitectura da lâmpada que o seu preço é bastante mais elevado que uma lâmpada incandescente normal.
E assim, depois de estas lâmpadas aparecerem, foi exactamente essa relação preço/consumo, ou rendimento, se lhe quisermos chamar assim, que as tornou atractivas para consumo doméstico.
E para provar isto, passo a apresentar uma tabela básica com alguns dados que nos são fornecidos pelos fabricantes e valores finais:
--------------------------Incandescente-------------------Fluorescente
Potência----------------------100W-----------------------------18W
Fluxo luminoso----------------1360lm--------------------------1200lm
Tempo de vida-----------------1000h--------------------------10 000h
Horas consumo diário-----------4h-------------------------------4h
Preço------------------------0,72 euros---------------------6,48 euros
N.º lâmpadas compradas----------8--------------------------------1
Consumo em 5 anos ------------730 Kwh------------------------131 Kwh
Custo em 5 anos--------------70,44 euros-------------------12,68 euros
Custo c/ preço das lâmpadas---76,20 euros------------------19,16 euros
Portanto, ao fim de 5 anos se usar uma lâmpada economizadora em vez de uma incandescente poupo mais de 55€!
Mas atenção, isto é a TEORIA. Vamos analisar a prática?
Na pratica, a realidade é bem diferente da teoria, e para pior em relação às lâmpadas economizadoras.
Passo a explicar:
- É indicado pelos fabricantes que por exemplo 11W numa economizadora equivalem a 60W numa incandescente.
Na verdade, não é assim. Além do fluxo luminoso ser menor nas de economizadoras, a gama de frequências emitidas por estas é menor, logo ficamos com a sensação de perda de cor (crominância) ou de uma luz "azulada" em algumas delas (temperatura de côr), dando a sensação real de termos menos luz. E é verdade, portanto.
- Depois, o problema do aquecimento. Enquanto nas incandescentes é o filamento que erradia a luz (e este tem uma luz regular se a corrente electrica atravessada neste for regular também) fica no máximo rendimento em milésimas de segundo, já as economizadoras demoram em média 15 segundos a chegar ao seu máximo rendimento. Logo, em utilizações curtas não compensa.
- A durabilidade da lâmpada é grandemente afectada pela qualidade quer do tubo quer dos componentes electrónicos que a compôem. Ora, em 90% dos casos em que estas lâmpadas deixam de funcionar tem a ver com avarias no seu interior, e se não fosse isso o tubo duraria ainda muito mais horas.
- Tal como em qualquer equipamento electrónico, é aconselhável que estes funcionem regularmente, pois as suas características eléctricas (nomeadamente nos C.I.s e os condensadores) alteram-se bastante com o passar do tempo sem serem percorridos por corrente eléctrica.
- E por fim, a estabilidade da corrente eléctrica que a alimenta. Se a vossa casa estiver sujeita a picos ou quedas frequentes de tensão, então certamente estas lâmpadas não durarão mais que umas dúzias de horas. As incandescentes funcionam em qualquer tensão abaixo dos 230V sem que isso afecte a sua duração, alías, se for abaixo dos 220V só aumentam a sua duração (mas diminuem drasticamente o seu rendimento luminoso, por isso esqueçam).
Passo a apresentar de novo o quadro que mostrei em cima, mas reduzindo apenas a vida útil das lâmpadas economizadoras para 500 horas, em vez das 10 000h que tinha no outro.
--------------------------Incandescente-------------------Fluorescente
Potência----------------------100W-----------------------------18W
Fluxo luminoso----------------1360lm--------------------------1200lm
Tempo de vida-----------------1000h--------------------------500h
Horas consumo diário-----------4h-------------------------------4h
Preço------------------------0,72 euros---------------------6,48 euros
N.º lâmpadas compradas----------8--------------------------------16
Consumo em 5 anos ------------730 Kwh------------------------131 Kwh
Custo em 5 anos--------------70,44 euros-------------------12,68 euros
Custo c/ preço das lâmpadas---76,20 euros------------------116.36 euros
Ora, agora ficámos com um prejuízo de 40€!
Então, será que compensa ter lâmpadas economizadoras nas nossas casa?
Compensa, claro, mas apenas se:
- O local não estiver sujeito a picos ou quedas de tensão frequentes.
- Se não for em locais que tenham muita utilização de curta duração (corredores, dispensas)
- Se funcionarem regularmente.
Se na vossa casa se verifica alguma destas situações não utilizem lâmpadas economizadoras (ou outras de balastro electrónico).
Se desejarem mais algum conselho ou dica peçam, à vontade.;)
Fica aqui o link para a legislação portuguesa sobre este tipo de lâmpadas:
http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/site/pt/oj/2002/l_242/l_24220020910pt00440049.pdf
Cláudio Cortez
domingo, janeiro 20, 2008
De volta!
E não é para menos, passaram dois anos desde a última vez e muita coisa mudou na minha vida, coisas que quero partilhar, quer pela felicidade quer pelas amarguras que isso me trouxe.
Assim, não deixem de ficar tentos nos próximos tempos.
Nunca é tarde...
Cláudio Cortez